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Publicado em 16 de junho de 2011 por admin
Reaprender a comunicar a sustentabilidade
Por Percival Caropreso
A imagem que ilustra este texto era uma tela de apresentações que fiz anos atrás. Escrevi artigos e dei entrevistas sobre isso: a sustentabilidade tinha seus dias contados como diferencial competitivo em Comunicação. Dito e feito.
A Comunicação não existe por ela mesma nem para ela mesma. É sempre consequência de decisões estratégicas empresariais. A comunicação da sustentabilidade reflete a visão e as crenças que empresas têm sobre ela, a sustentabilidade.
Na década passada, a sustentabilidade foi tratada como vantagem de mercado, muitas vezes se perdendo em autoelogios de greenwashing ou em ataques do “efeito Incrível Hulk” (vira verde de repente e depois passa).
O mercado aprendeu que sustentabilidade não começa como estratégia de imagem, de marketing, de comunicação – muito menos de imagem institucional. Sustentabilidade é estrutural, plataforma de operação da empresa, modelo de gestão dos negócios. A verdade e a legitimidade de comunicarmos a sustentabilidade nascem daí.
A seriedade e a maturidade, aprendidas pela Comunicação na primeira década deste século, são o lastro pessoal e profissional de hoje. A ficha foi caindo com ações concretas que a indústria da Comunicação veio e vem adotando.
Em 2008, o IV Congresso Brasileiro de Publicidade discutiu o papel e a responsabilidade socioambiental da indústria da Propaganda. Aprovada por unanimidade em plenário, a tese final recomenda que as agências de comunicação adotem o modelo de gestão sustentável em suas operações, que cooptem sua cadeia produtiva para as mesmas práticas, inspirem seus clientes para comunicarem suas ações sustentáveis de forma efetiva e verdadeira. E mais importante: que as agências fomentem o consumo consciente e responsável, uma cultura de vida, de paz e de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos universais..
Em seguida, a Abap –