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Ensino Domiciliar: exclusão da sociedade na infância

Uma falta de detalhamento na Lei abriu brecha para uma minoria que vem crescendo no Brasil: Pais que optam por interromper ou não iniciar a vivência social dos filhos na escola e aderem ao ensino domiciliar.

O artigo 246 do código penal afligi o abandono intelectual, mas não cita a escola como local de frequência obrigatória para os discentes.

Utilizando de argumentos como questões religiosas ou a má qualidade do ensino nas escolas Brasileiras, pais têm improvisado ambientes de ensino em seus lares, contando ainda com o apoio de outros pais que compartilham das mesmas opiniões para prover os filhos do ensino de matérias as quais não estão habilitados a ensinar.

Com a existência de uma entidade de apoio ao ensino domiciliar a ANED (Associação Nacional de Ensino Domiciliar) a discussão ganha força quando em posição contrária está o Ministério da Educação de acordo com esta nota divulgada no Jornal O Globo: “A proposta de ensino domiciliar não apresenta amparo legal, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a LDB e a própria Constituição Federal. O entendimento do parecer é de que a família não deve privar seus filhos do convívio escolar, sendo que cabe obrigatoriamente ao Estado o dever de assegurar a educação escolar das crianças e adolescentes”.

A situação é preocupante quando a posição dos pais é vista como superproteção aos filhos, uma vez que privando-os do convívio social da escola, estão também impedindo-os de compartilhar e trocar experiências com os colegas e lidar com os contratempos da convivência em sociedade que os prepara para a vida adulta.

É correto permitir esse individualismo, que ao mesmo tempo protege e prepara intelectualmente, mas de outro lado não prepara para a vida “lá fora”?
As dificuldades como bulling e preconceito também existem na vida adulta. O “não” é uma constante durante a vida e precisa ser aceito como forma de repensar a estratégia e não