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O Ser Humano

Sobre o Conceito de Humanidade

A forma acabada ou o ideal ou o espírito do homem. Neste sentido, os antigos usavam a palavra humanitas, correspondente ao grupo paideia. Na época de Cícero e Varrão, a palavra

humanitas significava a educação do homem como tal (paideia, para os gregos) – a educação devida àquelas “ boas artes ” próprias só do homem e que o diferenciava dos outros.

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As boas artes eram a poesia, a eloquência, a filosofia, entre outras. Nelas, se reconhecia um valor essencial por aquilo que o homem é e deve ser; portanto, a capacidade de formar o homem verdadeiro, o homem na sua forma genuína e perfeita.

A cultura para os gregos nada mais era do que a procura e a realização que o homem faz de si, isto é, da verdadeira natureza humana. Dois caracteres constitutivos: A estreita conexão com a Filosofia, na qual se incluíam todas as formas de investigação. A estreita conexão com a vida associada.

Em primeiro lugar, para os gregos, o homem não pode se realizar como tal senão por meio do conhecimento de si mesmo e de seu mundo, e, portanto, mediante a pesquisa da verdade em todos os domínios que lhe interessam.

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Em segundo lugar, o homem não pode se realizar como tal senão na vida da comunidade, da polis. Portanto, a natureza humana não é um dado, um fato, uma realidade empírica ou material que existe já, independentemente daquele esforço de realização que é a cultura.

A cultura existe só como fim ou termo do processo de formação cultural; em outros termos, uma realidade mais alta do que a das coisas ou dos fatos, é uma ideia no sentido platônico, um ideal, uma forma que os homens devem procurar realizar e encarnar em si mesmos.

A substância ou a essência do homem no significado aristotélico Substância: Aquilo que é necessariamente aquilo que é. Aquilo que existe. A primeira determinação é a que Aristóteles designa por essência necessária: aquilo que o ser era, em que o imperfeito “ era ” indica a continuidade ou a estabilidade do