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Crea-Pará cassa registro de dois engenheiros civis

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA) informou hoje (29) que a Câmara Especializada de Engenharia Civil, Segurança do Trabalho, Geologia e Minas do órgão cassou o registro dos engenheiros civis Raimundo Lobato da Silva e Carlos Otávio Santos de Lima Paes, ambos responsabilizados pelas obras do edifício Real Class, que desabou em Belém, no dia 29 de janeiro de 2011. Os profissionais foram enquadrados em infração ao código de ética profissional.
A Câmara Especializada de Engenharia Civil, Segurança do Trabalho, Geologia e Minas do Crea-PA entendeu que ficou comprovado o cometimento de infrações éticas, especialmente representadas pelo desatendimento de requisitos normativos técnicos, com aplicação obrigatória, motivo pelo qual a Câmara Especializada do Conselho decidiu pela aplicação da penalidade máxima aos indiciados.
Assim, eles não poderão mais exercer a profissão de engenheiros civis.

Queda de edifício em construção foi há dois anos

O prédio de 34 andares, erigido sob a responsabilidade da Real Engenharia, e que receberia a denominação de Edifício Real Class, desabou, em Belém-Pará, no dia 29 de janeiro de 2011, matando três pessoas e deixando desabrigadas dezenas de famílias que moravam na vizinhança.
O caso foi julgado pela Vara Criminal, e também pela Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, alcançando o dono da empresa, Carlos Paes, e o engenheiro calculista Raimundo Lobato, que respondem a processo pelas mortes das três vítimas, a idosa Maria Raimunda Ribeiro Fonseca Santos, que morava ao lado da obra e os operários José Paula Barros e Manoel Raimundo da Paixão Monteiro, que morreram soterrados.