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O longo caminho da luta pela cidadania no Brasil e o direito à educação

Na luta pela cidadania, é evidente que a família desempenha papel muito importante. Ainda hoje se continua a enfrentar sérios problemas no campo educacional e a maioria dos brasileiros continua excluída das oportunidades educacionais.
O ser humano tem a capacidade de pensar, de refletir, de criar coisas novas a partir de experiências passadas e de melhor compreender a educação atual, contribuindo, assim, de forma eficaz para o desenvolvimento de um sistema educacional mais voltado para a realização humana.
É essencial que haja um alinhamento pela implantação de uma filosofia educacional comprometida com a permanente transformação da realidade em que se vive para que a cidadania torne-se transparente, adequada aos novos tempos e às novas realidades, pois quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.
Segundo José Murilo de Carvalho “Os escravos não eram cidadãos, não tinham os direitos civis básicos à integridade física (podiam ser espancados), à liberdade e, em casos extremos, à própria vida, já que a lei os considerava propriedade do senhor, equiparando-os a animais. Entre escravos e senhores, existia uma população legalmente livre, mas a que faltavam quase todas as condições para o exercício dos direitos civis, sobretudo a educação. Ela dependia dos grandes proprietários para morar, trabalhar e defender-se contra o arbítrio do governo e de outros proprietários”. Esses escravos executavam todo o trabalho manual e em troca recebiam apenas alimentação e o vestuário suficientes para sobreviverem e, ainda, eram vigiados, controlados e punidos. Não tinham direitos, só deveres e obrigações. Era uma propriedade como qualquer outra, passível de ser comprada e vendida à revelia de sua vontade. O direito à educação é mais amplo que o direito à escola, e os processos educativos permeiam