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Se não precisasse de dormir, ocuparia o meu tempo a estar abraçada ao meus amigos, a rir-me das piadas do Eduardo, a ficar calada ao ouvir as piadas secas da Filipa, a ler os poemas da Margarida, a chorar com os pensamentos da Diana, a ver os olhos da Daria a mudarem de cor, a dizer à Daniela Moura que os olhos dela são lindos, a queixar-me do frio e do calor, do claro e do escuro, do dia e da noite.
Passaria o tempo agarrada ao telemóvel, a pintar ovos, a passear…
Passaria horas e horas em frente de um ecrã gigante a chorar com romances, a rir com comédias e a delirar com filmes de terror.
Se não precisasse de dormir, o MSN estaria sempre ligado, a página do Hi5 sempre aberta, a luz do ecrã sempre acesa …
Ocuparia uns minutos para me abraçar aos meus peluches, para olhar o céu e o sol.
Guardaria uns segundos para me deitar na cama sem fazer nada.
À noite, mesmo à noitinha, iria passear à beira-mar, repousar e pensar na vida. Pensar que dormir faz falta.
Enquanto dormimos, a nossa imaginação atinge o seu limite e sonhamos com coisas boas, com coisas más, com coisas que desejamos ter, com coisas lindas, com estrelas brilhantes, com o pôr-do-sol, com o som das ondas, com o cheiro das flores, com o azul do céu e do mar.
Os nossos olhos fecham-se, e, horas depois, abrem-se para nos incentivarem a descobrir o mundo que nos rodeia.