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INTERTEXTUALIDADE ENTRE OS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS
A IGREJA DO DIABO E O SERMÃO DO DIABO

Falaremos aqui, sobre dois contos de Machado de Assis, cujo ideia central, se especifica no diabo tentando criar, uma igreja e um sermão, e através deles desvirtuar as pessoas que seguem a Deus.

O enredo das obras acontece de modo que, em ambos os textos o Diabo tenta fazer com que tudo que Deus disse se oponha, ao ponto de convencer as pessoas a praticarem os mandamentos de Deus de forma negligenciada. Em a igreja do diabo, o mesmo alega que, se for para amar ao próximo que seja “as damas alheias” desse modo podemos associar o adultério. Já em o sermão do diabo o mesmo declara os mandamentos baseados na bíblia de Deus para distorcer aquilo que o Senhor deixou como fundamento e manual para ser seguido na vida.

Na obra de Machado de Assis em O sermão do diabo, tem-se como tipologia literária a dissertação expositiva, pois esclarece de modo enumerado e comparativo o sermão do diabo com base nos mandamentos bíblicos. É usada como linguagem predominante a função apelativa, pois o diabo tenta influenciar o comportamento dos seres humanos. Pelo conteúdo da obra pode-se evidenciar a utilização de regras que se fundamentam nos mandamentos de Deus.
O narrador deste conto é heterodiegético, em que o mesmo apenas narra as ações e não as participa. As personagens do conto são: Deus e diabo. Sua composição é redondo, pois é dotada de densidade psicológica, capaz de alterar o seu comportamento e por conseguinte, de evoluir ao longo da narrativa. A focalização é externa, porque o conhecimento do narrador limita-se ao que é observado do exterior.

Assim, em o conto A igreja do diabo, a obra é contada também por um narrador heterodiegético que narra o diálogo entre Deus e o diabo e sua focalização é neutra, pois o narrador conta o diálogo do diabo com Deus, desse modo o mesmo narra sem expor seu ponto de vista. A função da linguagem deste conto é poético, em que é focado