Portugal
Mas quais seriam os motivos que levaram os portugueses a serem os primeiros europeus a se lançarem aos mares?
Centralização do poder
Em primeiro lugar, a centralização monárquica. Desde a vitória de d. Henriques de Borgonha, em 1143, quando o reino de Portugal se tornou independente, iniciou-se o processo de formação do Estado português. Mas foi com d. João 1º que se concretizou a separação entre portugueses e castelhanos. A partir desse momento, a autoridade real foi imposta a todos no reino.
As Cortes (parlamento português, dominado pela nobreza ligada a Castela) continuavam se reunindo, só que com menor frequência e menor poder de decisão. Ao mesmo tempo, o rei criou impostos que deveriam ser pagos por todos: as sisas, por exemplo, eram tarifas sobre todas as transações econômicas. Dessa forma, o rei angariava fundos para manter seu governo e realizar seus projetos.
Tal centralização política chegou ao seu ápice com d. João 2º (1481-1495), conhecido como Príncipe Perfeito. O historiador Jacob Gorender se refere a esse rei como o primeiro monarca absolutista da Europa.
Navegação
Em segundo lugar, devemos nos lembrar da posição geográfica de Portugal: um reino totalmente voltado para o mar. No litoral português, os mercadores realizavam, desde muito tempo, o comércio marítimo, daí a importância da cidade do Porto para a formação histórica do reino (Portucale).
Inicialmente, a navegação era muito tímida, próxima ao litoral, mas esse fator é de extrema importância, já que garantiu certa experiência aos portugueses. E sempre que as condições econômicas ficavam mais difíceis e a fome ameaçava a população, os pescadores e comerciantes buscavam ampliar