Portugal
100 Anos
Em 31 de Janeiro de 1891, no Porto, rebenta o primeiro movimento revolucionário de carácter republicano, que as forças monárquicas conseguem asfixiar. A 1 de Fevereiro de 1908, escreve-se uma página negra na nossa História: D. Carlos e D. Luís Filipe são barbaramente assassinados, no Terreiro do Paço, quando regressavam de Vila Viçosa.»
Percurso histórico
Agora é a hora da partida. Em Vila Viçosa, D. Luís Filipe acompanha os pais, a caminho da carruagem que os leva a todos à estação do caminho-de-ferro. Tencionam voltar por alguns dias durante o Carnaval e o soberano anuncia-lhe que vai mandar fazer obras no palácio.
D. Carlos deixa o traje civil e enverga a farda de generalíssimo; a tarja escarlate da gola cinge-lhe os refolhos da nuca e do duplo queixo; a pala do boné carregada para os olhos dá-lhe uma severidade exagerada.
O régio casal e o seu filho mais velho partem da gare da vila alentejana pelas 11 horas e 40 minutos da manhã a caminho do cais fluvial do Barreiro.
Logo no princípio de Janeiro deste ano de 1908, o soberano, a rainha e os dois filhos haviam vindo para Vila Viçosa. O mais novo, D. Manuel, volta mais cedo para Lisboa. O primogénito, D. Luís Filipe, fica até ao fim das férias da família, companheiro inseparável do pai nas suas caçadas.
O rei D. Carlos regressa de férias em Vila Viçosa onde fora caçar numa das suas propriedades da Casa de Bragança. O paço ducal de Vila Viçosa, um dos maiores palácios portugueses é o preferido para as férias da família real, sobretudo durante a época da caça. O melhor que tem este Palácio é a grande tapada que o circunda, numa extensão de quinze quilómetros. Nela se sucedem os prados e os bosques, os lagos propícios à pescaria e as coutadas de veados e de corças.
Agora é a hora da partida. Em Vila Viçosa, D. Luís Filipe acompanha os pais, a caminho da carruagem que os leva a todos à estação do