Portugal e Bélgica
Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde são apenas algumas das ex-colônias de Portugal que poderão talvez contribuir para o término da crise no país europeu. Empresários apostam no mercado dos falantes da língua portuguesa.
Angola já estaria contribuindo para relançar a economia portuguesa
Os países africanos de língua portuguesa e o Brasil podem ajudar Portugal a sair da crise. Pelo menos é o que acreditam os empresários dos referidos países, entrevistados pela DW em Lisboa.
Eles consideram que uma cooperação pode ser vantajosa e beneficiar o crescimento da economia portuguesa, deprimida por uma forte recessão. Portugal não tem outra saída senão apostar no mercado externo, defendem empreendedores.
A ajuda vem de África
Desde maio de 2011, Portugal depende de um programa de assistência financeira internacional, em consequência da degradação das contas públicas. As perspectivas de crescimento económico ainda são reduzidas, mesmo com o esforço interno do país para inverter este ciclo, com origem na crise da dívida. Uma situação que afeta também alguns dos países periféricos da União Europeia.
Portugal depende de um programa de assistência financeira desde 2011
Uma das saídas para a economia portuguesa é a apostar nos mercados emergentes em África, na Ásia e na América Latina. Para José Lino Dores, do grupo Navex, que tem ligações com África e Brasil, as ex-colônias portuguesas são determinantes para ajudar Portugal a sair da crise.
"Não somente ajudar Portugal a deter um nível superior de desenvolvimento, como também a situação [pode ser] recíproca. Portugal poder alavancar, de alguma maneira, outras economias", defende Dores.
Para António Silva, empresário angolano no ramo dos transportes, logística e comércio, Angola já está a dar a sua contribuição. Ele defende que Portugal já olha Angola com outros olhos, o que já deveria ter feito há anos, acredita Silva.
Mas como não fez, perdeu muito com isso,