portugal sec xi
Nesta linha, as termas constituem uma oferta competitiva numa nova filosofia de ocupação de tempos livres e férias, um espaço onde é harmoniosa a combinação entre saúde e turismo, constituindo uma fórmula bastante atrativa, capaz de satisfazer argumentos como o descanso e bem-estar, cada vez mais procurados na motivação turística atual.
O uso das águas termais para fins de saúde é uma tradição milenar. Segundo CAVACO (2008) a cura termal, enquanto motivação dominante das viagens, induz a estadas temporárias, o que obriga a que muitos curistas vindos de longe se convertam em turistas, turistas de saúde.
Desde a Antiguidade que o homem vem usando as águas termais para alcançar o bem-estar físico e psicológico (lembremo-nos da principal finalidade das termas romanas) observando-se hoje, mais do que nunca, a necessidade de sair da rotina desgastante das grandes metrópoles, da poluição, da artificialidade dos contextos urbanos e transformar as termas em locais de exceção para recuperação, reabilitação, relaxe, repouso, promoção da qualidade de vida e da saúde em geral. Como tal, “(…) a solução para as consequências do trabalho moderno só pode ser encontrada na calma e repouso, aqui intervêm decisivamente as estâncias termais, talvez os únicos centros, pelas suas características específicas, onde a necessidade de calma e o repouso encontram plena satisfação” (ALMEIDA, 1968: 2).
O conceito de turismo de saúde e bem-estar é relativamente recente