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Diante desse cenário, a questão que se coloca é se as mudanças estruturais têm sido no sentido de aumentar o poder de mercado dos varejistas. Embora esta questão seja de extrema relevância nos dias atuais, a literatura brasileira tem dado pouca atenção às características da reestruturação do varejo, recentemente. O último estudo aprofundado visando caracterizar o setor supermercadista brasileiro foi realizado por Cyrillo (1987), referente às três décadas anteriores a 1987. Mais recentemente, merecem destaque alguns estudos feitos pelo BNDES, tais como BNDES (1998) e Santos e Gimenez (2002), mas eles discutem apenas algumas características da estrutura do setor. Outros autores focalizaram questões específicas referentes ao setor varejista, tal como Wilder (2003), que investigou as estratégias associativistas dos pequenos supermercados, e Sesso-Filho e Guilhoto (2004), que dimensionaram o setor supermercadista dentro da matriz insumo-produto brasileira.
Há, portanto, uma lacuna na literatura econômica brasileira sobre a estrutura do setor supermercadista, em anos recentes, a qual impede maior compreensão sobre o que está ocorrendo no setor de varejo. Por um lado, os dados e informações apresentados em diversos estudos sugerem, indiretamente, que a estrutura do segmento supermercadista brasileiro tem mudado drasticamente. Por outro lado, a literatura recente referente ao