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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁLicenciatura em Letras - Inglês
Panorama Histórico-social Da Literatura Em Língua Inglesa
Tutora: Liana Maria Da Silva
Francisca Brena Braga Teixeira
Fortaleza- 2015.1
Antigamente, o casamento não era lugar do amor como conhecemos hoje em dia. No limiar do século XII, o casamento era considerado o embasamento da ordem social, sendo assim uma instituição séria, baseada na relação de desigualdade entre as duas partes, o homem e a mulher. Todos os casamentos eram arranjados, a mulher não possuía direito algum de pronunciar seu desejo ou sua palavra. O único amor que ela era legítima em possuir era o amor a Deus. Já o homem tinha o direito ao corpo da mulher, já “que ela está destinada a servir o homem no casamento e que o homem tem o poder legítimo de servir-se dela.” (Duby, 1989)
Surge na França do século XII o amor cortês: um modelo de relação e de conjunção sentimental e corporal entre um homem e uma mulher. Alguns autores enxergam esse modelo como uma possibilidade de promoção da condição feminina na época medieval. Fazer a corte implicava a submissão e fidelidade incondicional à mulher amada por parte do cavaleiro medieval. As honras da cavalaria e o prestígio ganho pelo cavaleiro habilitavam-no a prostrar-se diante da dama desejada. Alguns historiadores observaram que nesse gesto havia também certa reprodução simbólica das relações sociais do sistema feudal que se davam entre senhores e vassalos.
O poder feminino se revela na medida em que a mulher pode acatar ou recusar a oferta. O homem (cavalheiro) nesse momento é posto à prova e deve mostrar o que vale. Contudo se a dama se deixa envolver, torna-se prisioneira, pois nessa sociedade toda dádiva merece uma contra-dádiva. As regras do amor cortês exigiam que a eleita se entregasse inteiramente. Esse tipo de amor era um jogo em que os homens eram os mestres e jogadores e estavam animados em ganhar, “capturar a presa”.
Algo relevante é a mulher não ser dona