Porque o turismo no brasil não decola?
Quando falamos em desafios no setor de turismo no Brasil, a primeira palavra que nos vêm à mente é violência. Tomemos como exemplo os Estados de São Paulo e Santa Catarina: o primeiro possui a capital financeira do país, um grande acervo de atrações culturais, além de uma enorme diversidade étnica, enquanto o segundo é conhecido por suas inúmeras praias paradisíacas e paisagens exuberantes. Ambos são, portanto, potenciais destinos turísticos tanto para os próprios brasileiros quanto para estrangeiros. Contudo, as ondas de ataques do crime organizado contra a polícia no final de 2012 e começo de 2013 influenciam drasticamente de forma negativa esse potencial, pois muitos turistas, temendo por sua segurança, acabando optando por outros destinos, às vezes até menos atraentes do que Florianópolis e a cidade de São Paulo, mas as quais possuem um índice de criminalidade reduzido. O mesmo ocorre com o Rio de Janeiro, que, ao mesmo tempo em que é detentor de uma das sete maravilhas do mundo – o Cristo Redentor – e de cenários únicos, sofre com seu alto número de favelas e seu elevado índice de criminalidade. Outra questão que impede o turismo no Brasil de voar mais alto é o mercado aéreo brasileiro, que é um tanto quanto caótico, não dando conta de lidar adequadamente com a mobilidade dos brasileiros e estrangeiros por nosso território. Ao contrário do que ocorre em outros locais, como na Europa, paga-se muito caro para utilizar esse meio de transporte. O preço das passagens é um dos motivos que coloca o Brasil em quarto lugar na América do Sul entre os países que mais recebem turistas [2]. Além disso, a área coberta pelas linhas áreas é relativamente restrita, sendo que em muitos locais do Brasil só se é possível chegar por meio de transporte rodoviário, o qual é bem mais desgastante para quem viaja. A falta de infraestrutura para receber turistas é outro problema. Muitas cidades não