Porque somos contrários a pena de morte
Sintetizando as reflexões expostas no fórum, este relatório apresenta um apanhado, de forma concisa, clara e direta, os aspectos levantados pelos participantes durante o debate.
A pena de morte é defendia com base na crença da diminuição da violência pelo rigor da punição, porém as estatísticas mostram que o endurecimento de pena não reduz índice de criminalidade. Embora a sociedade espera uma resposta diante do problema a pena capital oferece apenas uma falsa sensação de segurança. Cabe ressaltar o fato de que se configura num sentimento de vingança por parte da sociedade (reflexo de uma sociedade materialista, que perdeu valores em nome de uma evolução e libertação da sociedade dita moderna), uma vez que abre mão de princípios e valores para aprovar tal lei.
Além das justificativas titubeantes, soma-se o fato de que a sociedade tem sua parcela de responsabilidade na geração da violência quando contribui para o crime ao adquirir produtos piratas ou de origem duvidosa, indiretamente financiam o crime organizado, por exemplo. Outro fato a ser apontado é que embora o Brasil seja um país laico, há uma maioria considerável que questiona a adoção da pena de morte com base nos valores cristãos, ou seja, o homem não tem o direito de tirar a vida de outro homem, uma vez que não pode dá-la, mas Deus apenas.
A pena capital fere os direitos humanos, civis e constitucionais no seu princípio fundamental, intransferível, indivisível e inalienável, que é o direito a vida, de acordo com o artigo 5º da CF/88. Também caracteriza um retrocesso no processo evolutivo da sociedade, retomando a Lei do Talião. "A justiça em nada progride tirando a vida de um ser humano" (Correta King). Na verdade o ideal seria garantir que as punições já previstas pela lei sejam aplicadas de forma eficaz, o que diminuiria o sentimento de impunidade.
O risco de que a pena de morte seja aplicada somente nas camadas menos privilegiadas é iminente em nossa