Por uma prática estruturante: educação
O livro é estruturado em 16 capítulos, sendo o primeiro uma introdução. Num total de 144 páginas, o autor desenvolve um trabalho sobre as questões que envolvem a natureza, seu conceito e suas contradições, sendo suas conclusões baseadas na história e na cultura da sociedade.
O conceito de natureza no ocidente emergiu na Grécia antiga e foi se modificando em diferentes épocas, como na idade média, moderna e contemporânea. A idade moderna é marcada pelo antropocentrismo, o homem como o centro do universo, desde então passa a ser uma espécie superior capaz de dominar e se apoderar da natureza através da ciência e técnica, podendo ser evidenciada com a revolução industrial. A ciência da natureza e a ciência humana são separadas e qualquer relação entre ambas como uma forma orgânica torna-se complexa, dando a idéia que o homem é não natural. O conceito de natureza é construído por cada cultura ao mesmo tempo em que institui suas relações sociais.
Não é de hoje que o homem carrega dentro de si o desejo de dominar o território e se desenvolver principalmente de forma econômica, dessa dominação surge problemas de cunho ambiental e social. Segundo LOUREIRO, 2009, os problemas ambientais devem ser articulados e relacionados com a contextualização social, cultural, histórica, política, ideológica e econômica para não se ter uma visão de mundo dualista, que separa as dimensões social e natural.
Para o autor essa questão de dominação da natureza é absurda, pois o homem também é natureza, então, quem o dominaria? O que presenciamos hoje é uma sociedade subordinada a um regime capitalista, que prega a desigualdade entre os homens e a degradação da fauna e da flora. Lutar pela proteção ambiental, pela natureza é o mesmo que lutar por uma sociedade mais justa de igualdade efetiva entre os homens, contudo, deve-se possuir o conhecimento para saber como conquistar esses