Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal
Vivemos em um mundo onde a tecnologia e a ciência tem sido obrigada a crescer velozmente, mundo esse criado pelo homem com o intuito de obter mais dinheiro. Assim podemos perceber a existência de três mundos em um só, como mostra o geógrafo Milton Santos em seu livro “Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.”.
Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia 03 de Maio de 1926, formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), foi professor em Ilhéus e Salvador, autor de mais de 40 livros e 400 artigos científicos, publicados em diversos idiomas, que surpreenderam os geógrafos brasileiros e de todo o mundo, pela originalidade e audácia. Milton Santos, este grande brasileiro, morreu em São Paulo - capital, no dia 24 de Junho de 2001, aos 75 anos, vítima de câncer.
Na obra citada acima o autor observa a globalização sob três perspectivas: a globalização como fábula, (ou seja, como nos fazem vê-la), como perversidade (como ela é) e como uma outra globalização (como um ponto otimista para um futuro construtivo).
Para Santos a globalização enquanto fábula mostra que tanto a mídia nacional quanto internacional procura levar as pessoas de todo o planeta a acreditar que elas participam de um mundo igualitário e estas são cada vez mais atraídas pelas mesmas coisas, pelos mesmos hábitos de consumo, adquirem as mesmas marcas de produtos e compartilham das mesmas tecnologias de comunicação. Com isso o que ocorre é uma busca incessante pela igualdade onde um quer ter mais que o outro gerando assim a competitividade e o consumismo.
Já na globalização como perversidade Milton destaca as novas condições técnicas que semeiam nos indivíduos a negatividade, representada por sentimentos de egoísmo, cinismo, ganância que nada mais é do que conseqüências da competitividade direta ou indiretamente atribuídas pelo processo de