Por uma educação prolongada

POR UMA EDUCAÇÃO PROLONGADA

O ingresso de estudantes pobres na instituição de ensino superior é recente. Tal novidade, segundo Zago (2006), trouxe à tona o problema das desigualdade na educação entre classes sociais nas áreas da sociologia e da educação renovou as pesquisas sobre trajetória escolar e condições sociais, particularmente, entre os jovens.
No Brasil, até pouco tempo atrás, estar na universidade era privilégio dos ricos, a continuação na escola, dentro das classes populares ainda acontece de maneira muito tímida. A parcela de estudantes da classe baixa que consegue ultrapassar a barreira da seletividade e chega à universidade é muito pequena.
Pesquisas indicam que o sistema educacional brasileiro de nível superior é excludente ao extremo, (pouquíssimos jovens pobres inclusos), é desigual e desequilibrado, onde predomina uma minoria de pessoas com os níveis mais elevados de renda, enquanto a maior parte da população, com baixa renda, apresenta menor representatividade.
Desconsiderando regionalmente os números, houve uma variação positiva nos índices de defasagem escolar e do analfabetismo no país, cresceu o número médio de anos de estudo dos adolescentes, também houve um aumento no número de anos que pessoas que se consideram pretas ou pardas que permanecem na escola. A elevação desses números se deve à forte expansão educacional que o estado proporcionou nas últimas décadas. O nível superior no Brasil era formador da elite, tinha o papel de fortalecer o papel social, político e econômico de seus integrantes. Ao longo dos últimos os números negativos na educação brasileira diminuíram consideravelmente, porém, ainda é muito seleto o número de pessoas com acesso á educação além do ensino fundamental e médio.
A expansão da universidade pública se deu entre 1930 e 1970, contudo, a política mercantilista do nível superior corroborou com aumento do número de vagas no setor privado, que detém a grande maioria das vagas, a constatação, portanto