Por uma arquitetura, Le Corbusier
O arquiteto modernista, Le Corbusier, teve papel de destaque no desenvolvimento da arquitetura do século XX.
No ramo da literatura, publicou a revista L`Esprit Noveau, que tinha como enfoque as transformações da arquitetura, além do livro Vers une
Architecture (em 1923).
Esse livro conferiu ao arquiteto reconhecimento internacional como formulador dos princípios da nova arquitetura apoiada no plano racional e na funcionalidade. A publicação constituiu um marco importante no desenvolvimento da arquitetura do século XX.
Dentre as suas ideias, podemos destacar algumas como o protótipo
Dom-Ino, um recurso técnico para a produção muito utilizada por ele, e os cinco pontos da nova arquitetura: planta livre, fachada livre, janelas em fita, teto-jardim e pilotis.
No capítulo “Três lembretes aos senhores arquitetos” o autor esclarece que a arquitetura nada tem haver com “estilos”. Ele define que o volume e a superfície são os elementos pelos quais se manifestam a arquitetura. Sendo estes determinados pela planta. E diz que pior para aqueles que não têm imaginação. 1º lembrete - o volume:
Le Corbusier começa falando que nossos olhos são feitos para ver as formas que são reveladas por um sábio e magnífico jogo de sombras e luz. E que as formas primárias são belas, pois podem ser vistas claramente: cubos, cilindros, pirâmides...
Ele critica a supervalorização do decorativismo em lugar do purismo.
A arquitetura egípcia, grega e romana é uma arquitetura de prismas, cubos e cilindros. As pirâmides, o templo de Louqsor, o Parthénon, o Coliseu, a
Ville Adriana. Corbusier afirma que os arquitetos de seu tempo perderam o gosto pelas formas smples.
2º lembrete - a superfície:
Sendo a arquitetura esse jogo magnífico de volumes reunidos sobre a luz, a tarefa da arquitetura é trazer à vida as superfícies que envolvem esses volumes, mas também apropriar a superfície às tarefas utilitárias.
Precisava-se de cidades com traçados de formas úteis e cujos