Por que o brasil foi diferente?
No inicio de sua análise, o autor busca delimitar bem ao leitor o que ele pretende abordar no texto: problemas no estudo da independência do Brasil; processo de descolonização; relações internacionais ligadas ao processo. Primeiramente são citadas algumas questões ligadas a “o que é ser uma nação independente”, tanto em aspectos econômicos (adquirindo empréstimos, financiando transações comerciais, etc) como políticos (indenizar a metrópole, quitar débitos oriundos do período colonial, etc). A partir destas questões realiza-se o estudo do processo de descolonização brasileira, que é diferentemente interpretado por cada pessoa, visto que possui alto grau de subjetividade. Como exemplo desta subjetividade o autor cita que raramente o movimento de independência é considerado como algo ruim, enquanto que várias acusações são hoje feitas ao “novo regime” (que é oriundo da vontade maior de independência). O texto de maneira clara apresenta alguns “pontos esquecidos” no estudo da descolonização brasileira, permitindo que qualquer estudante de nível médio ou superior compreenda as críticas do autor.
É necessário diferenciar os processos de colonização e de descolonização da América Latina dos da Ásia e África. Segundo Kenneth, a distinção destes processos não está tão vagamente no panorama em que ocorre, e sim na profundidade da colonização nesses locais. Nas Américas portuguesa e espanhola este processo se deu de forma muito profunda, de modo que até hoje os estados independentes possuem enraizados em suas