POR QUE A MULHER SEMPRE FOI REPRIMIDA SEXUALMENTE?
Nesse percurso vimos a evolução da medicina, o registro da Histeria e de como cada civilização tratou a mesma, como era a vida da mulher e sua relação com os filhos.
Por exemplo, vimos que no Egito os médicos ou sunus, acreditavam que a Histeria se dava porque o útero se deslocava de lugar e por isso afetava outros órgãos. Fumigações vaginais eram a terapêutica. Quanto a vida da mulher, ela tinha alguns direitos, inclusive ao divórcio.
Mas, nunca direitos como o dos homens.
Na Grécia clássica a medicina abandona as divindades por uma observação mais sistematizada.
Nela a Histeria é explicada por uma abstinência sexual, é recomendada a paciente a prática sexual, em Mileto se estabelece um fábrica de didlos, inclusive para exportação.
Quanto às mulheres, seu espaço de ação se restringe ao âmbito doméstico.
Na Idade Média, ou idade das Trevas, o exercício da medicina é feito pelos padres e pelos barbeiros. Os primeiros se ocupam das doenças enquanto os segundos hábeis no manejo da navalha são quem realizam a retirada de pequenos abcessos.
A Histeria é vista como possessão demoníaca, então lançar a mulher na fogueira “não é a mulher que se está matando, mas sim o diabo.”
As mulheres, das nobres às servas todas eram propriedades de seus maridos.
Na Revolução Francesa (1789-1799) algo muito novo se dá na História da Humanidade.
Pela primeira vez em quase 5000 mil anos de História, as mulheres saem do espaço privado doméstico, para não só combater como soldados, como também inflamar as multidãos revoltadas.
Nova era, iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade. As novas descobertas da ciência.
O século XVIII é o marco utilizado por Michel Foucault para apontar a construção de um novo tipo de poder que tem por objeto a vida: o “biopoder”. É a partir desse momento que a preocupação com a qualidade da população – nascimentos, óbitos; higiene – ganha centralidade nas