Por Que A Fibra De Carbono T O Cara
Por: Fabio Bracht
26 de setembro de 2011 às 19:10
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Quando a fibra de carbono foi introduzida ao mundo, em motores de foguete e tanques de guerra na década de 60, ela estava fadada a dominar não apenas a fibra de vidro, mas toda uma outra gama de materiais. O que aconteceu?
Cinquenta anos depois, ela ainda é um material exótico. Ela está no uniforme do Batman e nas partes de alto desempenho e nos painéis de carros caros, mas, custando 10 dólares por libra, ainda é muito cara para uso em massa. Mas nós estamos usando esse negócio há décadas. Cadê a Lei de Moore para baratear o custo? Por que ainda é tão caro?
Acontece que, mesmo depois de meio século, continua sendo um saco produzir esse negócio.
Antes que a fibra de carbono se torne fibra de carbono, ela começa como um material de base — geralmente um polímero orgânico com átomos de carbono ligando longos fios de moléculas, chamado poliacrilonitrila. É uma palavra grandona para um material similar aos acrílicos em carpetes e malhas. Mas, diferente do material que se transforma em roupas e coisas para se estender no chão, o material que se transforma em algo mais leve e resistente que o aço custa bem mais. Um preço inicial de mais ou menos três dólares por libra não é tão assustador, mas a coisa logo se expande.
Para se chegar à parte de carbono da fibra de carbono, metade do acrílico do material inicial precisa ser eliminado. “O produto final vai custar o dobro do preço inicial, já que você queima a metade”, explica Bob Norris, do grupo de matrizes compostas de polímeros do Oak Ridge National Laboratory. “Antes mesmo de considerar os custos de energia e equipamentos, o precursor no produto final é algo próximo de 5 dólares por libra”.
Este preço — US$ 5 por libra — é também o número mágico para conseguir colocar a fibra de carbono nas principais aplicações automotivas. Até sete é possível, mas cinco é melhor. Até aqui, só o material base já estourou o orçamento.
Mas não