POR QUE OS PROGRAMAS DE QUALIDADE FALHAM
TOVOLI JR., JOSÉ, Por que os programas de qualidade falham?, artigo extraído da RAE- Revista de Administração de Empresas, Vol. 34, nº 06, nov – dez 1994.
Segundo Paul Osternan do MIT (Massachussets Institute of Technology), aproximadamente 80% das empresas americanas, nos mais variados setores, adotaram uma forma de círculos de qualidade total, gestão baseada em equipes. As certificações nas normas ISO 9000 deveria indicar que nossas organizações estão trabalhando com mais qualidade, porém o que vemos quando nos aproximamos das pessoas que a fazem, nem sempre é o que é lido nas revistas e jornais.
Segundo o autor, os aspectos ou situações que levam as organizações ao insucesso são: o não envolvimento da alta direção. Quando se trata de um Programa de Qualidade, estamos tratando de mudanças comportamentais e, portanto, refere-se à pessoas. Mudanças de comportamentais exigem dedicação, esforço e perseverança, e isto deve vir do topo. Os colaboradores das organizações sentem quando os dirigentes não estão preocupados verdadeiramente com a qualidade, ocorrendo na insatisfação de seus funcionários e não gerando os resultados esperados. Deve-se ter comprometimento com o Programa, realmente querer que algo diferente ocorra em suas empresas, conversar com os colaboradores e mostrar-lhes que a qualidade é algo que beneficiará a todos. A ansiedade por resultados é outro fator que leva à empresa ao insucesso, pois nem sempre os dirigentes têm a paciência que o Programa exige. Além da ansiedade, a expectativa exagerada dentro das empresas, resultam no insucesso. O processo de implantação da qualidade é gradual e crescente e depende da união de todos os colaboradores e todos os departamentos.
O desinteresse do nível gerencial traz dificuldades na implantação do projeto em questão. O nível gerencial tende a achar que qualidade é algo obvio, e que, portanto, não é necessário o comprometimento ou dedicação. Não basta somente a