Por que mudar?
Via de regra, a organização resiste às mudanças estruturais que possam mexer com seu “status quo”, modificando posições, acabando com privilégios e eliminando tradições ultrapassadas adquiridas ao longo do tempo.
Não que a tradição, em si, seja negativa para a empresa. Acontece, muitas vezes, que o passado da organização, embora louvável e adequado para uma determinada época, pode ser um entrave para a agilização dos negócios, hoje.
Entre os fatores que mais contribuem para que as empresas manifestem resistência às mudanças, destacam-se:
1º As organizações são “sobre determinadas”. Isso significa que há múltiplos mecanismos para assegurar a estabilidade. A seleção de pessoal, o treinamento e o sistema de recompensas destinam-se a conduzir à estabilidade.
2º As organizações cometem o erro de presumir um determinismo local, ou de acreditar que a mudança em um único ponto não causará impactos na amplitude da organização. Além disso, uma mudança nas operações locais pode ser anulada pela organização mais ampla.
3º Existe inércia individual e grupal. A força do hábito é muito difícil de superar.
4º A mudança organizacional pode ameaçar grupos ocupacionais dentro das organizações. Algumas especialidades podem prever que não mais serão necessárias quando certas mudanças forem implantadas.
5º A mudança organizacional pode ameaçar o sistema de poder estabelecido. A administração, por exemplo, poderia antever parte de seu poder indo para outros grupos.
6º A mudança organizacional pode ameaçar aqueles que se beneficiam da alocação anual de recompensas e recursos. Isso porque pode ocorrer horizontalmente, entre unidades organizacionais, quanto ao eixo vertical.
Na origem de toda a mudança, estrutural ou individual, está presente o mecanismo básico que leva o objeto dessa mudança de uma situação para outra, ou seja, PERDA DE EQUILIBRIO EM FACE DE UMA NOVA REALIDADE.
A mudança, tanto individual como