Por que falar em educação ambiental, crítica e emancipatória?
Centro de Desenvolvimento Sustentável – CDS
Disciplina: Políticas Públicas
Data: 06.07.2006
Por que falar em educação ambiental, crítica e emancipatória?
Fernanda Litvin Villas Bôas1
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Resumo
O presente estudo tem como objetivo contribuir para o debate teórico sobre a proposta de substituição do vocábulo educação ambiental, para educação ambiental para o desenvolvimento sustentável. Este debate se acirra com o lançamento oficial da “Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável”, pela UNESCO, durante o Congresso Ibero-americano sobre Desenvolvimento Sustentável, realizado no Rio de Janeiro, em maio de 2005. O texto apresenta uma breve reconstrução da trajetória da educação ambiental; discutindo a atuação e o papel do Estado na formulação das políticas públicas voltadas para esta área. Parte-se do pressuposto que diante da crise cultural, social e ecológica da atualidade, a educação ambiental representa uma das possíveis estratégias para o enfrentamento dos desafios contemporâneos. A perspectiva crítica e emancipatória da educação ambiental se compromete com uma práxis política, formativa e emancipadora, portanto, transformadora das relações sociais existentes. A formação de política dos sujeitos contribui para que a sociedade civil assuma um importante papel no diálogo com o Estado, contribuindo para a formação de uma coletividade comprometida com o mundo em que vive.
Palavras-Chave: Educação Ambiental, políticas públicas ,emancipação.
1. Introdução
A crise civilizatória, cultural, social e ecológica tem sua origem no processo de desenvolvimento da sociedade moderna e está diretamente relacionada a aspectos sociais, econômicos e políticos. Diante deste quadro de crise torna-se fundamental compreender a lógica do desenvolvimento, na qual esses aspectos se encontram presentes (LEFF, 2002; SORRENTINO, 2005; DUARTE &