Por que exportar para argentina
Em primeiro lugar, porque a Argentina continuará importando e as vantagens competitivas continuam, como no caso dos produtos brasileiros que gozam de isenção do imposto de importação e taxa de estatística. Depois, porque a base de cálculo do Imposto de Valor Agregado (IVA) - na nacionalização dos importados - é menor que a utilizada por produtos de terceiros mercados. O IVA tem sua base de cálculo a partir de impostos que, no caso do Brasil, são iguais a zero.
Outro ponto é que temos o menor transit-time. Em poucos dias colocamos a mercadoria na Argentina. Os exportadores de terceiros países demoram semanas ou até meses para isso. Também temos a possibilidade de aproveitar a apólice nacional do seguro para contratar apenas o seguro do outro lado da fronteira.
Mais um fator importante é que o governo brasileiro se encontra em situação de privilégio para negociar condições especiais ou de exceção - o intercâmbio entre Brasil e Argentina apresenta um déficit na balança comercial entre ambos os países de mais de US$ 1 bilhão e está aumentando. Os exportadores brasileiros têm mais de US$ 1 bilhão a receber pelas exportações não pagas. A Argentina solicitou compensações pelos danos que o tipo de câmbio brasileiro estaria provocando em alguns setores específicos de seu mercado.
Outro fato significativo é o incentivo do governo brasileiro às exportações à Argentina, ampliando os limites do Convênio de Créditos Recíprocos (CCR). Vale ressaltar também que a Tarifa Externa Comum (TEC) volta aos patamares anteriores às exceções determinadas pelo ex-ministro Cavallo, beneficiando principalmente o setor elétrico e de comunicações.
Podemos acrescentar mais um vento a favor, trabalhando com o cálculo otimista do governo argentino de que a inflação do país, neste ano de 2002, seja de 8% a 11%, ponderada a um eventual desconto no valor ex-works (mesmo que pequeno) e no valor dos impostos, deixando nossos produtos em valores próximos ao patamar da