Por que estudar a |história da áfrica?
"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caça continuarão glorificando o caçador" Provérbio Africano
Quando a história de grupos excluídos e marginalizados é contada por eles, ela desafia as histórias “recriadas” que os grupos dominantes e as minorias instituíram na cultura popular e dentro das próprias escolas. A maior parte dos conteúdos sobre negros nos próprios livros didáticos eram sobre a escravidão e a vida dos escravos, e que eram alegres e felizes, porém contadas por não negros. E os poucos negros que contavam sobre a fase colonial eram negros que também possuíam escravos e que não se viam como negros, e sim como “mulatos”(forma política e racista de ser aceito pela sociedade da época). Assim, observa-se que através das formas de resistências como os Quilombos, as Irmandades, os movimentos dos capoeiras _ por ser prática proibida, sendo a arma de defesa contra os guardas e também como forma de se imporem_ os assaltos às carruagens nas estradas, o saqueamento em propriedades, seriam além de tudo uma resposta à colonização opressora que só retirou do negro e nada o ajudou. A opressão não foi só econômica e cultural, foi também uma “maldade a seres humanos epidermicamente diferentes”(grifo meu). Foi somente através dessas lutas, que mais ou menos 300 anos de escravidão, onde o choro e a angústia, a dor e o descaso humano, puderam começar a tomar força e se reorganizarem através de Movimentos negros, que apesar de escondidos e tímidos, uniram-se em intensidade de agitações, proporcionando, assim, a coletividade negra e a força dos ativistas em repercutirem em diversas partes do país, tomando força para reconstituir uma nova história. Passos lentos, porém dinâmicos. Por meio desses processos de resistência é que começam a