Por que estudar a Africa?!
A África nas escolas
Até o final dos anos 1970 as abordagens eram limitadas pelo modelo positivista, recheada por memorizações de datas, nomes de heróis e listas intermináveis de presidentes e personagens, além do eurocentrismo que marcava a História Geral. Tratava-se de conteúdos apresentados com pouco ou nenhum perfil crítico. Desde os anos 50, o marxismo pareceu ser a alternativa que iria modificar os currículos, mas o que de fato ocorreu foi a mudança para uma visão analisada vulgarmente a partir das ideias marxistas, essa tendência predominou, senão de forma hegemônica, de forma majoritária até o final dos anos 1990. A partir de 1995, temos uma presença mais marcante da História Nova, ai chamada de História temática, nos livros didáticos, podemos marcar aqui um divisor de águas, nesse momento as reflexões sobre a História da África ganham mais espaço nas discussões. A autora Hebe Maria Mattos alertou sobre a necessidade de se perceber a África, os africanos e a identidade negra do país dentro de um contexto histórico mais abrangente e também faz um apontamento sobre a negligência com a qual a história da África é tratada nas universidades e, consequentemente, no ensino. Ao analisar um livro de 6º série, a autora se incomoda com alguns apontamentos, por exemplo, a referência a um lugar ligado a mão-de-obra escrava, naturalizando o negro, o africano ao escravo. Ela concluiu que ensinar a história da África aos alunos seria a única maneira de romper com o eurocêntrismo que caracteriza nossa formação escolar. Há um aumento de estudos relacionados ao continente, sobretudo na América (Estados Unidos e Brasil), mesmo assim são poucos se comparados às outras temáticas.
Os africanos sob os olhares ocidentais e notícias da historiografia sobre a África
A formação inadequada, a leitura