Por Dentro Da CVT Por Polias
Introdução
Este artigo se propõe a descrever o funcionamento de uma CVT por polias, mais especificamente o modelo da CVTech-IBC especial para a competição Baja SAE (para entender o que é uma CVT, veja aqui). O modelo pode ser visto aqui em uma imagem do conjunto motor–CVT–redução planetária utilizado pela Equipe Mangue Baja.
A energia gerada pelo motor é transmitida diretamente à polia motora (ou condutora) da CVT que está acoplada ao eixo de saída do motor. Esta a transmite à polia movida (ou conduzida) por meio de uma correia de borracha (não mostrada na imagem). O interessante desta configuração é que a CVT utilizada não depende de nenhum tipo de controle: apenas a rotação do motor é quem define o grau de abertura ou fechamento dos pratos das polias.
Vamos então ao funcionamento da CVT. Eis aqui um modelo detalhado da construção da CVT em questão. Comecemos o detalhamento pela polia motora.
Polia motora
A polia motora tem a função de controlar a relação de transmissão da CVT. O polia movida (ou conduzida, como diz o nome) apenas responde ao que a polia motora determina. Os pratos interno (fixo) e externo (móvel) dessa polia são acoplados de forma que a mola que se vê na imagem empurra os pratos no sentido de se afastarem. Logo, na posição de repouso esta polia se encontra aberta e a correia toca o eixo, não atritando contra os pratos da polia. As peças vermelhas são encaixes plásticos para os pesos metálicos vistos na imagem. São três pesos dispostos em 120° de forma balanceada. Os encaixes dos pesos estão dispostos em trilhos que os permitem se deslocar apenas linearmente (acompanhando a rampa externa que o mantém no lugar). Veja na imagem abaixo:
Para entender melhor a imagem clique aqui.
Vamos entender, então, o que acontece quando a polia começa a girar:
1. Os pesos tendem a se afastar do eixo central, empurrando as rampas interna e externa nas quais se apoia.
2. A rampa externa está fixada ao eixo central e reage contra