Populismo
Dentro dessa nova realidade, os centros urbanos se desenvolveram e uma grande leva de trabalhos urbanos compôs um novo e expressivo agente político. De fato, a predominância da disputa pelo poder que se concentrava nas mãos das opressivas oligarquias dava lugar a um quadro político mais diluído. Democratas, liberais, socialistas, comunistas e anarquistas mostraram que o jogo político latino-americano ganhava maior complexidade.
Em meio a essas novas correntes, alguns representantes governamentais adotaram uma postura interessada em aproximá-los desses novos agentes sociais. Por meio do uso de um discurso nacionalista, muitas vezes articulado enquanto contraposição aos regimes oligárquicos, esses novos líderes ofereciam uma indefinida perspectiva onde a “defesa do povo” era sobreposta a uma ideologia política mais específica. Dessa forma, compreendeu-se a instalação do populismo na América Latina.
Sendo fenômeno ambientado nas grandes cidades, o populismo se apoiou em uma visível teatralização do poder onde o líder carismático utilizava de grandes eventos e dos novos meios de comunicação para se dirigir à nação. Não fazendo questão de um intermediário que viabilizasse tal diálogo entre a população e o Estado, os governantes populistas utilizavam de um discurso direto e ao mesmo tempo inflamado para conclamar o apoio popular.
Obviamente, essa aproximação não ficava somente no campo das palavras. Sendo um fenômeno atuante, o populismo, ao reconhecer o poder de ação política dos trabalhadores, realizava uma série de medidas em benefício de parcelas