Populações tradicionais

Populações Tradicionais, Sociabilidade e Reordenação Social na Amazônia

Ao longo de cinco séculos surgiu e se multiplicou uma vasta população de gentes destribalizadas, desculturadas e mestiçadas que é o fruto e a vítima principal da invasão europeia. Somam hoje mais de 3 milhões daqueles que conservam sua cultura adaptativa original de povos da floresta. Originaram-se principalmente da missões jesuíticas, que, confinando índios tirados de diferentes tribos, inviabilizavam as suas culturas de origem e lhes impunham uma língua franca, o tupi, tomado pelos primeiros grupos indígenas[...] No curso de um processo de transfiguração étnica, eles se converteram em índios genéricos, sem língua nem cultura próprias, e sem identidade cultural específica. A eles se juntaram mais tarde, grandes massas de mestiços, getados por brancos em mulheres indígenas, que também não sendo índios nem chegando a serem europeus, e falando o tupi, se dissolveram na condição de caboclos. (...) A grande novidade com respeito aos povos que sobreviveram aos séculos de extermínio, até agora, é que vão sobreviver no futuro. (Ribeiro, 1995;305-342)
Sobre um território repousa uma população acomodada à fartura dos rios e florestas, que precisa ser sacudida e inserida na modernização. Para modernizar a região há necessidade de intervenções intensar, através de programas e projetos marcantes.
Há referências aos estudos do que se chama atualmente de populações tradicionais mostrando que o olhar científico reconheceu essa categoria social. (...)caboclo, nomenclatura regional para os nativos ribeirinhos, ou descendentes da miscigenação do indígena com o colonizador português.
De fato, só com a atuação pontual de ONG’s e grupos de pesquisa voltados para a pesquisa-desenvolvimento, e para a pesquisa-ação, começou-se valorizar o tradicional através de participação comunitária, das propostas de ação consideradas aptas a expressarem a VOZ DESSAS COMUNIDADES, Como a constituição de associações com fins