POPULAÇÃO DE RUA
Segundo o Decreto nº 7.053 de 23 de novembro de 2009, população em situação de rua “trata-se de um grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular”.
De acordo com a Política Nacional para a População em Situação de Rua (PSR), em sua maioria são: “82% do sexo masculino; 53% com idade entre 25 e 44 anos; 67% são negros; A maioria (52,6%) recebe entre R$20,00 e R$80,00 semanais; Composta, em grande parte, por trabalhadores – 70,9% exercem alguma atividade remunerada. Apenas 15,7% pedem dinheiro como principal meio para a sobrevivência; Parte considerável é originária do município onde se encontra, ou locais próximos; 69,6% costuma dormir na rua, sendo que cerca de 30% dorme na rua há mais de 5 anos; 22,1% costuma dormir em albergues ou outras instituições; 95,5% não participa de qualquer movimento social ou associativismo; 24,8% não possui qualquer documento de identificação; 61,6% não exerce o direito de cidadania elementar que é o voto; 88,5% não é atingida pela cobertura dos programas governamentais, ou seja, afirma não receber qualquer benefício dos órgãos governamentais”.
Ser visto como um lixo da sociedade, estar à margem do convívio social é uma realidade vivenciada pela população em situação de rua (PSR). O fato de não serem percebidos e estarem sempre associados a enfermidades como, alcoolismo, tuberculose, HIV, dependência química fazem acelerar o processo de exclusão dessa dada população que vive em acentuada miséria e inutilidade social. É necessário fazer uma avaliação profunda das características, histórias, valores, saúde física e mental,