População brasileira
A população brasileira está desigualmente distribuída pelo território, com intensa oposição entre as “regiões litorâneas” e as “interioranas”, as primeiras são densamente povoadas, enquanto as segundas mantêm-se parcamente ocupadas.
Este contraste reflete o processo de colonização e povoamento do território nacional, que se fez essencialmente do Leste para o Oeste, da costa para o interior; e posteriormente de Sul para Norte.
As zonas de concentração populacional, todavia são irregulares – mesmo em Estados com grandes densidades populacionais, grandes vazios demográficos aparecem; apenas São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Ceará têm os seus territórios ocupados de forma quase ininterrupta.
No restante do território nacional a distribuição da população está intimamente atrelada às redes de transportes (sobretudo na Amazônia), tanto por suas vias navegáveis quanto pelas estradas macrorregionais: pode-se acompanhar pelo mapa o “rosário” de cidades existente ao longo das principais estradas amazônicas (BR-364/Cuiabá-Porto Velho; BR-163/ Cuiabá-Santarém; BR-010/Brasília-Belém e BR-230/ Transamazônica).
Malha Municipal
Causa e consequência desses contrastes de povoamento, as disparidades entre os municípios são enormes, os menores são, a grosso modo, equivalentes ao padrão europeu de “comuna”, encontrando-se no outro extremo, municípios cujos territórios alcançam a extensão semelhante à de alguns países do Velho Continente.
Entre o menor, Santa Cruz de Minas (localizado no Estado de Minas Gerais, detentor de uma extensão de 3,6 km², esse município destronou neste último recenseamento Águas de São Pedro-SP, que até então detinha a menor marca, com seus 4 km²); e o maior, Altamira (no Pará, com 159.533 km²) a relação territorial é superior a 1 para 44 mil km². Quatro municípios, todos localizados na Amazônia, ultrapassam a casa dos 100.000 km² (sua área combinada é quase do mesmo tamanho que a França