Popk
Rosseau apud Nascimento 2001, no século XVII e XVIII, ao apresentar reflexões sobre a evolução do homem e suas relações na sociedade, diz: que o homem se torna ser social através do processo de trabalho. Pois, na medida em que se desenvolve e expande suas atividades e instrumentos de trabalho, as dificuldades se multiplicam, o que exige que crie condições necessárias para sua sobrevivência.
Neste processo o homem toma consciência de si mesmo e individualiza-se, percebendo a necessidade de sobrepor-se a outros e de desenvolver cada vez mais suas habilidades, ou seja, passa por um processo de civilização. De acordo com ELIAS (1993): “Toda essa reorganização dos relacionamentos humanos se fez acompanhar de correspondentes mudanças nas maneiras, na estrutura da personalidade do homem, cujo resultado provisório é nossa forma de conduta e de sentimentos ‘civilizados’” .
Esse processo de tomada de consciência, de compreender a importância da relação entre os homens e a importância de sua ação enquanto ser histórico e social é entendida como práxis. De acordo Marx, práxis é o agir consciente, onde o homem diferente de outro animal realiza suas ações traçando um objetivo e buscando um resultado, e desta forma auxilia no processo de construção da história coletiva.
A práxis é ativa, é atividade que se produz historicamente – quer dizer, que se renova continuamente e se constitui praticamente -, unidade do homem e do mundo, da matéria e do espírito, de sujeito e objeto, do produto e da produtividade. Como a realidade humano-social é criada pela práxis, a história se apresenta como um processo prático no curso do qual o humano se distingue do não-humano: o que é humano e o que não é humano não são já