Pontos convergentes
Em 1994, em outro contexto internacional, o governo brasileiro assina um acordo de reestruturação da dívida externa (Plano Brady) que aparentemente encerra a "crise da dívida".
O Plano Brady
Nas negociações realizadas entre 1982 e 1988, os credores eram contrários a redução no valor da dívida. Em 1989, Nicholas Brady, então secretário do Tesouro dos EUA, apresentou um "Plano" cujos princípios foram aplicados à renegociação da dívida do México, Venezuela, Argentina, entre outros.
No Brasil, os princípios do Plano Brady orientaram o acordo assinado, em abril de 1994, no final da gestão de Fernando Henrique Cardoso no ministério da Fazenda. Logo depois de assinar o acordo, Fernando Henrique seria lançado candidato à presidência da República.
O Plano Brady previa a redução no valor da dívida externa, através da redução do principal ou das taxas de juros. Previa, também, a extensão dos prazos de pagamento e a substituição de obrigações com taxas de juros flutuantes por títulos com taxas fixa.
A maioria dos acordos realizados por países latino-americanos, com base nos princípios do Plano Brady, resultaram em descontos moderados, não ocorrendo redução significativa do nível de endividamento.
No caso brasileiro, o acordo firmado em abril de 1994 referia-se apenas a parte da dívida do setor público com bancos comerciais estrangeiros. O desconto efetivo associado ao acordo foi de 7,6% desta dívida do setor público com bancos comerciais estrangeiros, cerca de US$ 4 bilhões de desconto, sobre uma dívida total de US$ 148 bilhões.
No primeiro ano de vigência do acordo, o Brasil pagou US$ 2,5 bilhões de juros, o triplo do que pagava antes e apenas US$ 600 milhões a menos do que pagaria, caso estivessem vigentes as condições contratuais anteriores.
Pontos convergentes do ano de 2005
O pagamento “antecipado” ao FMI
O Brasil se encheu de orgulho em 2005, quando a mídia noticiou o fato histórico da quitação da dívida