Ponte Rio Niteroi Coronel QEM
RIO-NITERÓI
(Ponte Presidente Costa e Silva)
Um Marco em nossa Engenharia
Coronel QEM
Fernando de Castro Velloso
A
ideia de estabelecer ligação contínua entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, alimentada por muitos anos desde o Brasil
Colônia, começou a adquirir contornos de realidade nos tempos do Império.
Com efeito, já em 1878, as dificuldades de financiamento junto ao governo inglês impediram de irem à frente estudos em andamento para construção de um túnel ferroviário, ligando o Calabouço (Rio) à
Gragoatá (Niterói). No passar dos anos, foram elaborados, sucessivamente, projetos de pontes, em 1932 (engenheiro Melo
Marques) e em 1943(engenheiro Duarte de
Oliveira). Em 1952 e em 1959, foram abertas
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concorrências internacionais, visando à possível construção de túnel, solução apontada, à época, como a mais adequada às exigências da defesa nacional.
Finalmente, a ideia vicejou: com base nos estudos elaborados por um Grupo de
Trabalho, foi publicado o Decreto 57.555/65, constituindo a Comissão Executiva da Ponte
Rio-Niterói, integrada por representantes do Ministério de Viação e Obras Públicas
(MVOP), do Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem (DNER), do EstadoMaior das Forças Armadas (EMFA) e dos governos dos Estados da Guanabara e do
Rio de Janeiro.
Ano xi / Nº 21
Em 1967, ao assumir a Pasta dos
Transportes, o ministro Mário Andreazza trazia em suas diretrizes a firme decisão d e c o n s t r u i r a Po n t e R i o - N i t e r ó i .
Determinou, então, cuidadosa análise de toda a documentação disponível sobre a ligação entre as cidades, de modo a obter respostas a todos os quesitos relevantes a obra de tamanha envergadura, tendo o
DNER contratado, para tal, a elaboração de estudo de viabilidade técnica e econômica a um consórcio constituído por empresas nacionais e internacionais.
Obtida a concepção estrutural e elaborado um anteprojeto técnico, o estudo de viabilidade apresentou estimativa inicial de custos e quantificou benefícios