Políticas e Planejamento Turístico no Brasil
Bertha K. Becker
A autora começa sua análise problematizando o significado do turismo para pesquisas e planejamento geográfico.
Busca também deixar clara sua formação e de que forma ela pode contribuir para a reflexão do assunto, através de um estudo feito pela mesma, sobre a política de turismo e seu impacto na zona costeira.
Destaca a velocidade da ocupação da zona costeira e a falta de planejamento da mesma, o que, segundo a autora é algo de grande importância, visto que o turismo é híbrido, ou seja, ao mesmo tempo que ele é um enorme potencial de desenvolvimento, ele é um enorme potencial de degradação sócio-ambiental, se não houver uma regulação adequada para ele.
Inicia-se então uma breve consideração sobre o entendimento de Becker sobre o significado do turismo e da zona costeira.
Como desvincular turismo de geografia? Seria possível? O desejo de conhecimento de novos ambientes, o que seria inerente à condição humana, faz o turismo se confundir com a geofrafia.
A autora destaca o fortalecimento da expressão do turismo no século passado, com a evolução do modelo capitalista, voltado para a acumulação de bens e capital, e o desenvolvimento e inovação das tecnologias de transporte. O que leva a massificar o turismo de vez.
O destaque para o final do século XX e início do XXI , vai para transformação do mundo contemporâneo e sua repercussão sobre o turismo.
Um novo modelo de produção e inovação de produtos e processos, tendo a velocidade dessa mudança como elemento decisivo.
A importância da presença de redes na viabilização da mercantilização da imagem dos lugares.
Mudança do significado da natureza como elemento fundamental da mudança do modo de produzir.
Natureza passa a ter um significado de capital de realização, reserva de valor.
Novo significado da natureza gera um novo segmento turístico, o ecoturismo, com indivíduos submetidos ao desejo de “voltar à natureza”, inserindo-se nela sem