Políticas sociais
A política social surge em meio às revoluções industriais no século XIX, com objetivo de intervir nas relações sociais do sistema capitalista, diminuindo as desigualdades oriundas da contradição capital-trabalho, como o desemprego, analfabetismo, prostituição infantil, violência e moradia precária, através de projetos, planos e programas de intervenção.
Ao mesmo tempo que essa política social atendia à classe trabalhadora, atendia também aos interesses dos capitalistas na manutenção do poder.
O primeiro marco da política social brasileira é o Decreto n º4.682, de 24 de janeiro de 1923, que consolidou a base do sistema previdenciário brasileiro, com a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias.
Nos anos posteriores temos a promulgação da Constituição das Leis do Trabalho(1943) e a criação da Legião Brasileira de Assistência(1942) que tinha como objetivo atender as famílias dos soldados envolvidos na guerra. O modelo assistencialista antes da Constituição de 1988 era focalista, praticado de maneira voluntária, reforçando a atuação das primeiras damas; o estado organizava sua intervenção por pressão da sociedade civil.
A Constituição Cidadã de 1988, que passa a reconhecer a Assistência Social como política pública, direito do cidadão e dever do Estado, assegura direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. O que antes era primazia da sociedade, passa a ser então, primazia do estado.
DESENVOLVIMENTO
Em meio à crise do período industrial, questões como desemprego, violência, fome, doenças, falta de moradia, saneamento e condições dignas de trabalho fizeram com que os trabalhadores se manifestassem em busca de melhores condições de vida. Estas manifestações são a base para o início de um movimento de democratização em busca da garantia dos direitos sociais, que eram pouco conhecidos nas décadas anteriores a 1988.
Assistência social era associada à saúde e a assistência