Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análises
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O capítulo 5.1 da obra em questão inicia com uma hipótese de problema em que se encontra um administrador, que é responsável por formular uma política a respeito da inflação. Ele poderia começar procurando listar, em ordem de importância, todos os valores, ou todas as variáveis, que têm a ver com a questão da inflação, como por exemplo, pleno emprego, nível aceitável de lucro empresarial, proteção das pequenas poupanças e prevenção da quebra da bolsa de valores. Em seguida, ele classificaria todos os resultados ou todas as consequências possíveis da decisão política sob exame em termos da sua maior ou menor eficiência para o alcance máximo desses valores. Esse procedimento, obviamente, exigiria um levantamento enorme dos valores proferidos pelos membros da sociedade e um conjunto de cálculos não menos volumoso sobre as quantidades de valores competitivamente equivalentes Ao comparar essas propostas de formulação de uma política a respeito da inflação, ele haveria de recorrer a uma teoria que versasse genericamente sobre classes politicas. Enfim, resumindo, ele procuraria fazer a escolha que, de fato, maximizasse seus valores. Numa outra possível grade de abordagem, ele estabeleceria como seu objetivo principal, de forma consciente ou inconsciente, a meta relativamente simples de manter o nível dos preços. Apenas algumas outras metas, como o pleno emprego, poderiam condicionar ou atrapalhar este objetivo. Na verdade, ele deixaria de lado a maioria dos outros valores sociais por não lhe interessarem no momento e por ora não tentaria sequer ordenar, em ordem de importância, os poucos valores que julgassem serem de relevância imediata. Se fosse colocado sob pressão, imediatamente admitiria que estava ignorando muitos