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Professor de francês durante 25 anos e escritor aclamado pelo público e pela crítica internacional, Daniel Pennac confessa, sem rodeios, que foi mau aluno. Consciente de suas dificuldades em sala de aula durante a infância e a adolescência, o autor de Diário de escola apresenta aos seus leitores uma abordagem original e perspicaz de que pouco se trata em livros pedagógicos: a dor e a solidão do aluno com baixo rendimento escolar.
Sucesso de público e de crítica, ganhador do Prix Renaudot 2007, o mais recente título de Daniel Pennac mescla impressões pessoais com reflexões sobre pedagogia para apresentar o universo escolar pelo viés do aluno. Nesta declaração de amor ao magistério e explícita homenagem aos grandes professores que lhe salvaram a vida, Pennac retrata, com fina ironia, os conflitos vivenciados pelos alunos com dificuldade de aprendizado. Estigmatizados por seus próprios pais e mestres, esses jovens, ele afirma, logo cedo acreditam que o futuro será apenas e tão-somente uma extensão de seu fracasso escolar
. Prisioneiros de um presente perpétuo, crianças e adolescentes vagam pelos corredores das escolas da França e de todo o mundo, com o orgulho ferido e a vergonha estampada no rosto, sem forças ou ajuda para desmentir o seu destino. Sobrevivente dos guetos escolares, Daniel Pennac deixa de lado a liturgia do cargo de professor para falar abertamente sobre a experiência de décadas como aluno e como educador. Propondo um saboroso diálogo entre o lento analfabeto do passado e o bem-sucedido homem de letras do presente, o autor acredita que os estudantes-problema são a razão de ser dos homens e mulheres que se dedicam ao magistério.Com uma visão crítica de seus colegas de profissão, assim como do sistema educacional francês, o autor reconhece que nem sempre o esforço para ""salvar do