Políticas nacionais sobre saúde do trabalhador
O sistema de saúde no Brasil foi influenciado pelo desenvolvimento brasileiro, portanto, pelos fatos históricos, incluindo os relacionamentos aos campos do trabalho e mão de obra.
Desse desenvolvimento, a sociedade antes agrária e rural, com predominância de mão de obra escrava e depois dos imigrantes, se depara com a necessidade de adaptação a uma industrialização e urbanização.
Com essa mudança, fatores como o êxodo rural, a abolição da escravatura, o incentivo à imigração e a necessidade de mão de obra qualificada favoreceram o crescimento desordenado das cidades as quais, sem condições sanitárias, formaram verdadeiros bolsões de epidemias. Este contexto endêmico dizimava a população e consequentemente a mão de obra produtiva e, para as atividades econ6micas das indústrias continuarem seu processo, o governo adotou as “campanhas sanitárias” como medidas de saúde pública, sob a responsabilidade e organização de médico sanitarista Oswaldo Cruz. Essas cruzadas sanitárias tinham por objetivo principal o combate de epidemias urbanas e mais tarde as edemias rurais, sendo assim em 1920, Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz, reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, então ligado ao Ministério da Justiça e introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica rotineira de ação, inovando o modelo companhista de Oswaldo Cruz que era puramente fiscal e policial. Criaram-se orgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas. A assistência hospitalar, infantil e a higiene industrial se destacaram como problemas individualizados. Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio de Janeiro e criou-se a Escola de Enfermagem Anna Nery.
Em função das péssimas condições de trabalho existentes e da falta de garantias de direitos trabalhistas, o movimento operário organizou e realizou duas greves gerais no país ,uma em 1917 e outra em 1919. Através destes