Políticas educacionais
Conforme matéria da revista “Escola”, de novembro de 2012, em anexo, Censo Escolar revelou que 18,1% dos jovens repetiram o 1º ano do ensino médio e 11% abandonaram a escola em 2011.
A diretora escolar Rosângela Monteiro na tentativa de evitar essa ocorrência tem buscado solucionar a questão através de visitas às escolas de ensino médio, discussões quanto à localização da escola e deslocamento dos educandos a ela e, também, deixando as portas abertas aos ex-alunos para reencontros com a turma.
Segundo a matéria acima, a ação dessa escola junto aos alunos que saem do ensino básico de sua escola para o médio denomina-se “transição planejada”. Muito interessante e importante. Porém sempre devemos olhar as informações por vários pontos de vista.
Sem dúvida, a transição do ensino básico para o médio pode causar algum desconforto e insegurança aos estudantes. Porém, entre os diversos motivos que levam à reprovação e abandono escolar este é o menos relevante. Sabemos, pelo contrário, que muitos alunos se sentem bem e orgulhosos em ter passado de um nível de aprendizado para outro mais elevado e complexo.
Na verdade, não podemos esconder ou camuflar toda uma problemática existente no nosso sistema público de ensino focando num único problema. Além da transição do nível básico para o médio existem outros problemas de maior relevância, entre os quais: a política educacional ineficiente, a família desestruturada por falta de uma distribuição de renda adequada, a violência doméstica, a alimentação inadequada, a falta de segurança, o tráfico de drogas em torno das escolas e das crianças e adolescentes, o bullying, o preconceito pela cor de pele, o preconceito à orientação sexual, professores mal remunerados e sem estímulo para trabalhar, etc.
Em fim, temos sempre refletir de forma crítica quanto aos conteúdos das reportagens, matérias e artigos. Sejam através da TV, revistas ou jornais, pois muitas vezes costuma-se