Políticas educacionais
CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
PROFESSOR: ALEXANDRE COUGO
ALUNO: THIAGO LUIZ SILVA DO NASCIMENTO
Dezembro/2013
1963: outros tempos.
Estamos em 2063. O ensino médio ainda se constitui no último nível escolar antes da formação de nível superior. Foram feitos avanços significativos na qualidade do serviço de educação oferecido nas escolas regulares, principalmente nas públicas, no tocante ao papel da escola na vida do aluno. Para entendermos esses avanços, precisamos retroceder cinqüenta anos atrás, até 2013. Naquela época, a noção de quantidade se confundia com a de qualidade e o acesso ao ensino não significava aprendizagem. Tínhamos muito conteúdo e pouca reflexão. Tudo o que era assimilado não fazia sentido e não tinha conexão com a realidade social do aluno. Parece-me que coexistiam dois mundos que não se misturavam: um do espetáculo do conhecimento e de suas maravilhas, e outro alheio e indiferente a tudo que assimilávamos na sala de aula. Esse segundo era real e só havia sentido no primeiro com muita abstração. Ainda nessa época, estudar era se preparar, competente e competitivamente, para ocupar uma vaga no mercado de trabalho. O conhecimento estava a serviço dos interesses individuais de sucesso e projeção financeira. A fantasia que se pregava era de que se todos quisessem, todos seriam aceitos e admitidos no mundo da prosperidade. E se alguém ficasse pelo caminho, foi porque não merecia estar entre os vencedores. A cultura hegemônica e o modo consumista de se viver estava supervalorizado.
Mas, nessa mesma época, algumas reflexões sobre o direito das minorias desfavorecidas, do preconceito de gênero e racial e sobre a importância da diversidade cultural já reclamavam atenção em exames e testes, refletindo uma necessidade de se pensar a educação como algo além da