Política
Textos: Crise – Riscos e Sentidos (APS 01)
1. A idéia de crise associa-se quase sempre a uma situação limite.
Uma crise sempre destrói e desorganiza: caracteriza-se precisamente por modificar o peso relativo das coisas, tirá-las do lugar, ou do fluxo rotineiro, alterar seu sentido, dispô-las de um outro modo. Tendemos a nos angustiar porque nos sentimos ameaçados em nossos próprios fundamentos, naquilo que dominamos e conhecemos, que nos sustenta. Sedo assim, fica prejudicada toda comunicação: entre o Estado e os indivíduos, o geral e o particular, os grupos e a comunidade, as instituições e o social, a razão e a emoção.
Falar em crise é pensar em transição ou transformação: passagem de uma fase a outra.
As crises destroem, mas também fornecem chances para que se construa.
Uma das faces da crise é quando aquilo que envelheceu já não dirige mais e o “novo” ainda não se qualificou para orientar o presente.
Dessa maneira, a manifestação das insatisfações são realizadas através das crises políticas, sociais, econômicas, institucionais, financeiras e educacionais com objetivo de transformação.
2. A crise desorganiza a sociedade e pode afastar as pessoas da política quando o Estado perde o controle dos seus objetivos e o mercado passa a dominar o Estado, enfraquecendo as instituições. A sociedade perde a referência e a confiança na política, tornando-se revolucionária. Assim, podemos observar como exemplo o “grito” de uma sociedade que não aceitou a eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à Presidência da Comissão de Direitos Humanos alegando que se faz necessário gritarem a plenos pulmões que a nossa cidadania não será cercada de tamanha agressão. Para os manifestantes a conduta ética e moral da pessoa devem condizer com o cargo político em questão.
3. Para o autor, associar a crise política, ou seja ela qual for, à morte é preciso fazer uma análise. Ao invés de pensarmos em morte, é melhor utilizarmos o termo