"Política é o fim". PENSAMENTO DA POPULAÇÃO Após séculos de colônia, dezenas de anos sob o Império escravocrata, outras décadas sob as oligarquias da República Velha, sucedida pela ditadura de Vargas. Em seguida o populismo, culminando em vinte anos de ditadura militar, que desembocaram nos governos Sarney e Collor, cômicos se não fosse trágico. A corrupção penetra em cada poro da sociedade, deterioram-se as condições de educação e saúde pública. "É dando que se recebe" Fazer política é um bom negócio. Aos poucos nos acostumamos com toda essa situação. É como se ela fosse natural, inevitável. Vamos perdendo a capacidade de nos indignar. Pior, a indignação - quando aparece - tende a ser canalizada para alvos antidemocráticos: pena de morte, fechamento do Congresso Nacional, perseguição aos migrantes pobres, etc. A longo prazos, só faz agravar a situação política: Golpistas de 1964. Resta ainda a tentação de ir embora. Seremos lá cidadãos de segunda classe. Estamos condenados a viver em sociedades governadas pela lógica do dinheiro, pelo poder do capital. A saída é enfrentar os problemas. Se não o fizermos, outros o farão, mas dificilmente em benefício coletivo. Encaremos a necessidade da atuação política consciente. Não existe uma fórmula ideal para a atuação política. Da reflexão crítica constante poderá surgir uma atuação política consciente e transformadora. O estudo da política no Brasil, a partir das coordenadas de três referenciais teóricos clássicos. "Ordem e progresso" é o lema do positivismo, escola sociológica fundada por Auguste Comte, no século XIX, na França. O positivismo teve seus adeptos entre os republicanos brasileiros, sobretudo militares. Algumas ideias positivistas tornaram-se dominantes no Brasil, presentes não apenas nos cérebros e nas ações dos donos do poder, mas também aceitas e praticadas inconscientemente pela maioria da população, a ponto de integrarem o senso comum. O sociólogo francês Émile Durkheim,