Política e imprensa na década de 1950
“A mítica da objetividade – imposta pelos padrões redacionais e editoriais - é fundamental para dar ao campo lugar autônomo e reconhecido , construindo o jornalismo como a única atividade capaz de decifrar o mundo para o leitor.”
O padrão redacional e editorial imposto pelo modelo norte-americano, fixou a idéia de imparcialidade contida no lead que constrói uma padronização da linguagem.
Mostrando para o jornalista sua função social de não apenas informar e divulgar mas tornar público e revelar acontecimentos. As mudanças introduzidas a partir da reforma do Diário Carioca, em 1950, tiveram a função de produzir a neutralidade e a objetividade nos textos jornalísticos.
“A reforma do Jornal do Brasil, iniciada em 1956 e consolidada nos primeiros anos da década de 60, faz parte do conjunto de iniciativas que resultaram na implantação do jornalismo moderno no Brasil do pós-guerra.“ Em 1956, em meio a uma crise institucional, o Jornal do Brasil inicia uma reforma gráfica que dura quase 10 anos. Com ela cria-se uma hierarquia de notícias, uma identidade visual para o jornal, com a fixação do nome do jornal na capa, a primeira página torna-se a “vitrine“ do conteúdo do jornal, tira tudo que não se lê, entre outras.
Até a década de 1950, jornal bom era aquele que tomava partido e a partir do espelho no jornalismo americano, jornal bom passou a ser jornal apartidário, neutro de influências políticas.
Carlos Lacerda e Samuel Wainer com posições política opostas, criam seus próprios