Política e comunicação
Para Maquiavel, o príncipe é uma pessoa, uma figura política, o líder ou condottiero, capaz de articular inteligentemente as suas qualidades de atuação e liderança (virtù) e as condições sócio-políticas (fortuna) nas quais deve atuar. De acordo com o texto de Octávio Ianni o príncipe de Maquiavel surge nos principados inteiramente novos, nos quais para a sua sobrevivência é necessário que o líder saiba imediatamente preparar-se para conservar o que a fortuna lhes concedeu e lancem depois alicerces idênticos aos que os demais príncipes construíram antes de tal se tornarem, ou seja os líderes devem utilizar de suas habilidades (virtú) para controlar o ímpeto das condições sócio políticas (fortuna).
Já para Gramsci o moderno príncipe já não é uma pessoa, figura política, líder ou condottiero, visto como personificação, síntese e galvanização da Política, mas uma organização. Os partidos políticos tem como objetivo unir diversas capacidades dos líderes buscando expressar as inquietações e as reivindicações dos seus seguidores mas, simultaneamente, capaz de interpretar as inquietações e reivindicações dos outros setores da sociedade.
Maquiavel e Gramsci trabalham principalmente as categorias hegemonia e soberania. Em linguagens diversas, estas categorias reafirmam-se como essenciais da Política, em dois momentos particularmente notáveis da história dos tempos modernos. Esses, e muitos outros criados no longo dessa história, são príncipes de modernidade. contexto de surgimento do Príncipe Eletrônico e explique conceito através desse contexto.
No fim do século XX, os dois tipos de “príncipes” de Maquiavel e Gramsci, assim como de outros “príncipes” pensados e praticados no curso dos tempos pós-modernos, envelheceram, exigem outras figurações ou simplesmente tornaram-se anacrônicas. Na época da globalização, alteraram-se quantitativa e qualitativamente as formas de sociedade e os