Política social: fundamentos e história. 5ª ed. são paulo: cortez, 2008.
A obra trata de uma análise e discussão em torno da política social, sua gênese e de como esta foi desenvolvendo durante os períodos históricos, bem como a sua relação com a luta de classes e as expressões da questão social.
Descrição do Conteúdo/Análise Crítica
A política social sempre suscita hipóteses de uma perspectiva teórico-metodológica, que segundo as autoras, se relacionam com perspectivas políticas, bem como as visões sociais de mundo. Além do mais, todos os debates acerca da política social carecem de dimensões instrumentais e técnicas, configurando-se apenas como descritivos.
No texto é feito um panorama sobre as grandes matrizes do pensamento social, perpassando os autores e respectivas correntes que contribuíram para a análise da política social. A exemplo, temos a perspectiva funcionalista, onde é feita uma alusão às idéias de Durkheim e, a perspectiva do idealismo, contempla as idéias de Weber.
A contribuição da tradição Marxista foi de grande importância para a abordagem das políticas sociais, tendo em vista que, o enfoque dialético
“deve considerar sua múltipla causalidade, as conexões internas, as relações entre suas diversas manifestações e dimensões.”(p.43)
As sociedades pré-capitalistas já tinham iniciativas de responsabilidades sociais, mas estas não visavam garantir o bem comum, e sim, legitimar a ordem vigente à época. Essas iniciativas apresentavam sinais de assistencialismo, podendo ser identificadas como as protoformas da política social.
O texto discorre sobre algumas legislações, desenvolvidas no período anterior à Revolução Industrial, as quais exerciam coerção sobre os trabalhadores com o objetivo de proibir a livre circulação da força de trabalho.
Toda essa coerção levou ao crescimento do pauperismo, acentuando as expressões da questão social, entendida como o conjunto de expressões derivadas das relações de exploração do capital sobre o trabalho. Nesse contexto, as massas de trabalhadores, tão exploradas