POLÍTICA PARA QUÊ
Existe uma pergunta que para mim antecede todas as outras: para quê você quer entrar na política? Só vale a pena dedicar sua vida a uma atividade tão difícil e sujeita a tantos contratempos se você acreditar em alguma coisa.
Na vida política, ou você tem vocação para servir o público, ou é melhor não tentar. Sem essa vocação, corre-se o risco de usar a política como escada para conseguir vantagens pessoais. E é o que causa o repúdio tão grande do povo aos políticos. (p. 11)
Entre apenas se você está realmente disposto a se jogar de cabeça por uma causa, que podem ser várias: contra a corrupção, contra a violência, a favor dos mais pobres, a favor da igualdade racial, a favor da liberdade, ou o que seja. Mas é preciso ter alguma razão maior que a vontade de “se dar bem”.
Só se justifica entrar na política se você realmente acreditar que vai fazer alguma coisa efetiva para melhorar o seu país.
Os jovens hoje questionam cada vez mais o comportamento dos maus políticos e desconfiam dos políticos em geral. Por mais desmoralizada que seja atualmente a atividade política, alguém tem que se ocupar da tarefa de governar o Brasil. Porque o Brasil precisa ser governado e se os melhores não cuidarem disso, a atividade política fica nas mãos dos piores, ou dos medíocres. (p. 12)
Nosso país teve enormes avanços em sua história recente e tudo o que foi conseguido foi com o trabalho de pessoas. Muito mais um trabalho da sociedade do que do governo. Mas não dá para ignorar que o governo tem um papel importante nisso tudo e que as pessoas de bem não podem abandonar a política, porque são eles que podem fazer dela um instrumento de diálogo com a sociedade, ouvindo as diversas opiniões e entendendo as mudanças.
Você tem uma razão de ordem moral para entrar na política: não dá para ficar indiferente à maneira como o país está sendo governado. Porque o que fazemos e deixamos de fazer pelo país na política faz toda a diferença.
Os jovens têm muitas razões para olhar