Política Nacional de Informática
O presente trabalho visa abordar a Política Nacional de Informática levando em consideração o contexto e aspectos históricos que permitiram e impulsionaram a criação e consolidação da PNI no Brasil. O Brasil sempre esteve em desvantagem em relação aos principais países do mundo devido a fatores políticos e econômicos, principalmente no que se refere a evolução tecnológica. O primeiro computador eletrônico a chegar ao Brasil foi o B-205, da empresa Burroughs, instalado na pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1962. Uma diferença superior a vinte anos se comparada aos Estados Unidos. Foi por volta da década de 70, durante o chamado “Milagre Brasileiro”, que o país começou a desenvolver um parque de Informática baseado em Computadores de grande porte (mainframes) e minicomputadores departamentais com uso restrito ao governo, às universidades e às grandes empresas. Foi neste período, que diversas empresas estrangeiras foram atraídas para o Brasil, colaborando para o surgimento das primeiras empresas nacionais de prestações de serviços para este setor de equipamentos importados. Não possuindo uma indústria própria de informática e observando alto e expansivo crescimento do capital estrangeiro desse setor, o governo brasileiro passou a enxergar a informática como um dos setores de suma importância para o desenvolvimento industrial do país. Com o país sendo capaz de produzir e dominar a tecnologia de informação, o volume de importação de equipamentos de informática diminuiria e os gastos realizados para compra e importação de produtos poderia ser aplicada na indústria local.
Desta maneira, a base industrial brasileira começou a engatinhar visando o desenvolvimento de uma indústria de fabricação local que fosse possível competir com a indústria estrangeira diminuindo assim, os altos índices de importação. O grande problema era que o Brasil ainda não possuía uma política que permitisse o controle e gerenciamento do domínio de